terça-feira, 20 de julho de 2010

Está enlouquecendo com a terminologia do projeto?

Sente-se cansado de consultar diversos glossários? Acha que a pesquisa nunca terá fim? Seus problemas se acabaram-se :-) Chegou (há séculos) o mais novo Xbench terminology procurator da Apsic totalmente de grátis. Baixamos o produto do site http://www.apsic.com/en/products_xbench.html e eu e Maira Monteiro compilamos as instruções abaixo. Um abraço, Lilian

1) Salve seus glossários como TXT
2) Abra o Xbench e clique em Project > New > Add
3) Marque a opção “Tab-delimited text file” e adicione os glossários TXT
4) Clique em Next.
5) Na guia Properties, marque a opção “Key terms”.
6) Ao final, salve esse projeto na sua pasta da McAfee

Nesse ponto, você poderá fazer buscas em todos os glossários ao mesmo tempo.

Se você adicionar os arquivos traduzidos ao projeto (indo em Properties > Add e selecionando a caixa Ongoing translations) ele ainda verifica a consistência entre as traduções e os termos do glossário, sinalizando sempre que houver discrepâncias. Além disso, ele apresenta inconsistências entre segmentos, falta de números, segmentos não traduzidos, problemas de tags, epsaços duplos, enfim, uma mão na roda na correria do dia a dia.

Sei que nada disso é novidade, e que o Xbench é uma das ferramentas disponíveis no mercado. Contudo, ainda percebemos que essas ferramentas são pouco utilizadas, o que é difícil de entender. Fica aqui nosso incentivo pela disseminação do uso dessas ferramentas tão incríveis.

Abraços, Lilian

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Se o refresco for de maracujá...

Eu não tomo refrigerante já faz anos...
Estou no meio de um alcoholicsabbatical...
Então o jeito é tomar refresco mesmo :o)
O que eu posso falar sobre QAs? Amor ou Ódio? Acho que está mais para nenhum nem outro...
E olha que eu tinha tudo para ficar traumatizada...
Há alguns anos atrás (mas nem tantos assim), quando eu ainda era uma estagiária dando meus primeiros passos no mundo da coordenação linguística, caí de paraquedas – não, nem isso... foi ataque camicase mesmo (also known as “Lilian vai a Londres”) - em um projeto que recebeu um BIG FAILED com umas das maiores e mais potentes planilhas de feedback de clientes que eu já recebi... dava para dar a volta ao mundo algumas vezes juntando todas aquelas entradas...
Exagero? Então tá... eu fiquei um pouco traumatizada na época, mas depois de anos de terapia posso ver um “entrar em contato” sem ter um ataque cardíaco. Só tenho umas pequenas convulsões...
O importante é que QAs em si não me assustam mais... a gente fica chateada quando o revisor vem que vem com tudo? Sim! A gente fica cansada e entediada de refutar um milhão de entradas que não fazem o menor sentido? Sim! A gente fica com vontade de xingar a mãe do juiz, do volante, do goleiro e a JABULANI? Sim!
Mas aí a gente respira, toma um refresquinho de maracujá e corre atrás do prejuízo para ganhar o jogo de virada. E se não der para fazer um gol aos 45 minutos do segundo tempo, respeita a vitória do adversário, mesmo que ele tenha cometido muita faltas e não saiba o significado de “fair play”.
Ah, mas o assunto não era bem esse, né? Bem, falo sobre a questão da imparcialidade depois -- ou não. Vai que os amigos A e B resolvem ler isto ou os concorrentes X e Y estão só espiando...
Saudações LocHousianas,
YouKnow Who (AKA Ingrid Barbosa)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O 100% match está no escopo?

Em alguns projetos, mando a pergunta e começo a rezar. Não faço mais nada. Só eu e Outlook, Enviar/Receber, Enviar/Receber. Chega um email, outro, outro, mas nem olho, não dou a mínima, Enviar/Receber. A resposta não chega. O coitado lá também não sabe. Ele manda a pergunta e começa a rezar, não faz mais nada. Só ele e o Outlook, Enviar/Receber, Enviar/Receber.
Beijos, Lilian

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Erro no QA dos outros é refresco...

Há 10 ou 15 anos atrás eu era gerente de qualidade de uma grande empresa de localização, a Bowne Global Solutions. Naquela época, entre outras atribuições, uma das principais tarefas do departamento de língua era fazer controle de qualidade. Quem trabalhou comigo deve lembrar que eu sempre recomendava o bom senso nas avaliações. Sair apontando mudanças preferenciais, ou pior, sair catando errinho para reprovar as traduções nunca foi bem-vindo no departamento. A gente compreendia que a função do QA era achar os erros e apontá-los, mas nossa predisposição era aprovar as traduções e, quando necessário, detectar que determinado tradutor não estava usando os glossários de forma adequada, sugerir fontes de consulta, ou até mesmo trocar o tradutor que não estava se adaptando bem em determinado projeto. Essa época de departamento de controle de qualidade interno ficou no passado e cada vez mais vem sendo terceirizado não só nas empresas locais, mas no mercado de localização como um todo. Com isso, o que acontece hoje em dia? No projeto X, o tradutor A traduz e o tradutor B faz o controle de qualidade. Já no projeto Y, ocorre o inverso. O tradutor B faz a tradução e o A faz o controle de qualidade. Não posso dizer que esse sistema não funciona. É bem verdade que funciona sim e deve custar muito menos para as empresas. Contudo, ainda há muito que melhorar nesse sistema. Os principais desafios que vejo são:
1) Tradutor A e B têm diferentes percepções sobre o que é um erro major, critical etc. por mais que haja descrições detalhadas e definições quase específicas. Dependo da empresa, um erro major chega a valer por 5 erros minors e com certeza isso impactará o resultado, dependendo do volume da amostra.
2) Muitas vezes, erros preferenciais são categorizados como erros minor (eu já vi até mesmo como major).
3) O terceiro desafio que eu vejo não é bem uma constatação, e sim uma pergunta: até que ponto tradutores A e B, competidores ou amigos, podem avaliar um o trabalho do outro? Como ficam as questões éticas? Para ilustrar esse ponto, quero contar um caso verídico. A tradutora A recebeu um "Fail" em um projeto. Quando olhou o formulário de QA, viu o nome da revisora. Surprise surprise: uma grande amiga dela. Bom, ela olhou ponto por ponto, solicitou que fossem revistos alguns com os quais não concordou, solicitou também que fossem revistas as categorizações de vários erros (major vs. minor e preferential) e seguiu a vida. No próximo encontro entre amigas, ela não aguentou e comentou: puxa, fulana, esses dias você detonou meu trabalho em um QA da empresa X. Qual não foi a surpresa e o espanto da amiga tradutora quando a amiga revisora respondeu: ual, era seu trabalho?? achei que era trabalho da sicrana. ela constumava fazer as traduções dessa conta. Puxa, se eu soubesse que era você, teria pegado mais leve...

Ora bolas, o que é isso? Aos amigos tudo, aos inimigos a lei?

Bjs, Lilian