quarta-feira, 14 de julho de 2010

Se o refresco for de maracujá...

Eu não tomo refrigerante já faz anos...
Estou no meio de um alcoholicsabbatical...
Então o jeito é tomar refresco mesmo :o)
O que eu posso falar sobre QAs? Amor ou Ódio? Acho que está mais para nenhum nem outro...
E olha que eu tinha tudo para ficar traumatizada...
Há alguns anos atrás (mas nem tantos assim), quando eu ainda era uma estagiária dando meus primeiros passos no mundo da coordenação linguística, caí de paraquedas – não, nem isso... foi ataque camicase mesmo (also known as “Lilian vai a Londres”) - em um projeto que recebeu um BIG FAILED com umas das maiores e mais potentes planilhas de feedback de clientes que eu já recebi... dava para dar a volta ao mundo algumas vezes juntando todas aquelas entradas...
Exagero? Então tá... eu fiquei um pouco traumatizada na época, mas depois de anos de terapia posso ver um “entrar em contato” sem ter um ataque cardíaco. Só tenho umas pequenas convulsões...
O importante é que QAs em si não me assustam mais... a gente fica chateada quando o revisor vem que vem com tudo? Sim! A gente fica cansada e entediada de refutar um milhão de entradas que não fazem o menor sentido? Sim! A gente fica com vontade de xingar a mãe do juiz, do volante, do goleiro e a JABULANI? Sim!
Mas aí a gente respira, toma um refresquinho de maracujá e corre atrás do prejuízo para ganhar o jogo de virada. E se não der para fazer um gol aos 45 minutos do segundo tempo, respeita a vitória do adversário, mesmo que ele tenha cometido muita faltas e não saiba o significado de “fair play”.
Ah, mas o assunto não era bem esse, né? Bem, falo sobre a questão da imparcialidade depois -- ou não. Vai que os amigos A e B resolvem ler isto ou os concorrentes X e Y estão só espiando...
Saudações LocHousianas,
YouKnow Who (AKA Ingrid Barbosa)

3 comentários:

  1. Ahhh, então é esse o seu segredo: refresco de maracujá??? Brincadeiras à parte, acho que muitas vezes a falta de bom senso e autocrítica dos revisores nos QA acabam atrapalhando mais do que ajudando na realização de uma boa tradução. O objetivo parece se perder, afinal, a ideia não é "encontrar um erro a todo custo", mas aprimorar o texto final, que é trabalho de todos, de maneira construtiva. Ninguém escapa de uma boa revisão e isso não deveria ser demérito para ninguém! Por outro lado, quanto retrabalho não é gerado porque alguém decretou que a melhor tradução para "question" é "dúvida" e não "pergunta", sendo que muitas vezes essa alteração não fará qualquer diferença para o leitor/usuário? Acho que quando a tradução é pensada como fruto de um trabalho coletivo (que vai desde os PMs aos revisores), todo mundo só tem a ganhar, não?

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  2. Pois é, rafa, algumas pessoas realmente inventam moda. Não é a toa que a Ingrid mencionou a Jabulani... Foram "inventar moda" e veja o que deu...

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  3. Bem, certa vez 'ganhei' um erro em "pôr do sol" (conforme registrado pelo Houaiss), porque o 'QAer' do cliente só conhecia o Aurélio, que registra "pôr-do-sol". Será que eu deveria acreditar que o responsável pela qualidade não tinha o Houaiss ou que não se deu ao trabalho de abrir antes de condenar uma grafia devidamente registrada e usual? Ou, pior, que queria reprovar a tradução a qualquer custo?

    Na mesma avaliação, entre os meus supostos erros, tinha mais de uma dúzia de barbaridades, como a afirmação de que o processo de coordenação sintática é mais 'típico' do português do que o de subordinação! O 'QAer' preferia as orações ligadas com "e", não com uma conjunção subordinativa, como estava no inglês. Saiu-se então com essa pérola...

    Todo mundo tem suas preferências, o problema é alguém querer faturar competência e credibilidade em cima de reprovações nitidamente, digamos, safadas.

    Por falar em moda: pérolas de tradutores são sempre divertidas, mas a gente deveria começar a colecionar as dos "responsáveis" pela qualidade. Daria para muita gente sair todo dia de chanel. : )

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